segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Anticonceptivos e Planejamento Familiar


A programação da família não pode ser resultado da Opinião genérica dos demógrafos assustados, mas fruto do diálogo franco e ponderado dos próprios cônjuges, que assumem a responsabilidade pelas atitudes de que darão conta. ( Do Livro Constelação Familiar, por Joanna de Ângelis).
 
Nossa sociedade hoje, vive em conflito entre a resignação da mulher e a igualdade entre os sexos. Uma dicotomia de valores éticos e morais, portanto, precisam ser colocadas com justiça, amor e caridade, já que somos todos espíritos eternos, precisamos também pensar e agir com equilíbrio.
 
Como pedagoga, formada numa universidade pública que é a UFPR, tento equilibrar a necessidade do Planeta e da vida na Terra com a necessidade espiritual de formarmos uma família.
Cada casal, tem, uma forma de pensar e agir, seus valores socioculturais, e sua missão na Terra. Portanto, exercitar a cooperação e o amor dentro de casa trás equilíbrio entre a vida no mundo e a vida para Deus, em espírito.
O problema é que nem todos estão preparados para ter uma família equilibrada no século XXI, diante das conquistas materiais, intelectuais e espirituais necessárias para a humanidade, ainda lidamos muito com preconceitos. A maioria das mulheres reclamam da falta de cooperação dos maridos, filhos e homens no lar. E os homens reclamam da falta de recursos financeiros provenientes do trabalho feminino no mercado de trabalho capitalista em que vivemos, para terem condições de bem criar seus filhos com dignidade. Sem luxos e sem excessos.
Portanto, como disse anteriormente e concordo com Joanna de Ângelis, no quesito " dar conta"... ATÉ ONDE A MULHER VAI DAR CONTA DE TUDO?
E até onde a sociedade vai explorar o tempo da mulher no mercado de trabalho, ganhando, muitas vezes, menos que os homens?
Conheço inúmeras vendedoras, domésticas, estudantes universitárias, recepcionistas, funcionárias públicas, empresárias e profissionais femininas em geral que adoecem gravemente para conseguir dar conta da casa, dos filhos e do marido. Sendo que elas são também a massa de trabalho do Brasil.
E a cobrança é grande... os filhos enchem os olhinhos de lágrimas com saudade da mãe, que trabalha de segunda a sábado, na maioria dos empregos comerciais e ficam sozinhos em casa ou com outros familiares. Sem tempo para os filhos, a mulher escraviza-se resignadamente para ajudar o querido marido a pagar as contas no final do mês. Muitas vezes cansada e envelhecida com o passar dos anos, os filhos ainda se revoltam por não poder comprar o celular da geração X. E muitas mães, tias e avós, gastam grande parte de seu salário com presentes para as crianças e adolescentes da família.
O homem, portanto, tem que ter tempo para si mesmo, porque não aguenta os choros dos meninos dentro de casa e sai para distrair a cabeça, muitos detestam lavar a louça do jantar e quando ajudam, pagam uma diarista ( outra mulher para sua substituição no lar).
Por este e muitos outros motivos o índice de divórcios no país são grandes: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/11/numero-de-divorcios-no-brasil-e-o-maior-desde-1984-diz-ibge.html
E os adolescentes, filhos de pais separados e em conflito doméstico, aprendem que homem não ajuda em casa a cuidar da família. Lamentavelmente são poucas as famílias que conseguem ajustar os valores do amor e da cooperação com criatividade e lazer para as crianças dentro e fora de suas escolas. Já que a maioria nasce e cresce dentro do ambiente escolar até os 17 anos em média.
O triste é que, muitas religiões ainda colocam o peso maior da família nas costas da mulher, sendo que os homens já provaram que são tão capazes de cuidar e amar os filhos quanto nós, mulheres. E o receio que isso gera na sociedade é que, as lideranças feministas escravizem os homens no lar. O que não é verdade. O homem evoluído espiritualmente compreende a necessidade espiritual e material da mulher se realizar profissionalmente, trabalhar naquilo que ela gosta e precisa da liberdade e o tempo para ela e para os filhos.
Muitas mulheres reencarnam com a missão de serem professoras, e profissionais de várias áreas, são inteligentes e capazes de contribuir muito para a sociedade. Nós também, precisamos nos espiritualizar para saber até que ponto valerá a pena ceder a vida familiar em prol do emprego e vice versa. Não existe receita, assim como educar uma criança exige experiência, vivência e limites. A vida educativa na Terra do século XXI também exige de cada mulher a liberdade de programar sua vida familiar por meio de anticoncepcionais, sendo que o desejo de ser mãe e pai, deve existir dos dois lados. A criança amada e querida cresce com mais segurança emocional, controle de si mesma, inteligência e amor quando vê papai e mamãe em equilíbrio.
Claro que, cada caso é um caso e não estou aqui para ser radical. Existem mulheres que desejam mais filhos e outras que desejam menos, em prol da profissão. O problema portanto é que os homens também precisam entrar em acordo, uns querem também uma vida profissional bem ativa e outros querem mais filhos e cooperam mais nos afazeres domésticos, ou contratam boas babás, empregadas e etc. Porém, a vida depende dos desafios espirituais que temos em vista.
Se somos colocados na condição de animais racionais, com livre-arbítrio e valores morais elevados a serem cada vez mais espiritualizados. Precisamos também, aceitar alguns desafios que nossa intuição nos propõe, os chamados " avisos de Deus".
Lá em casa éramos 2 filhos durante 14 anos, e meus pais viviam recebendo mensagens de médiuns avisando que teriam um terceiro filho, que no caso é minha irmã caçulinha temporão. Minha mãe fez tratamento hormonal e sem ela querer, ou saber que ainda podia engravidar, veio o bebê. Nossa família se mobilizou para educá-la, revezamos noites de insônia, horários de brincar com ela, atividades no lar e atividades assistenciais espíritas.
E graças a Deus, a vida financeira apertou, mas não quebrou! Meu querido pai, passou a vida inteira fazendo grandes malabarismos para que pudéssemos ter o essencial e um pouco de lazer e mimos infantis, que para a criança é básico.
Admiro muito minha família e me sinto feliz por participar desse processo de reeducação, já que, para eu ser profissional, minha mãe deixou de estudar e cuidou de nós em casa. Trabalhamos muito. E hoje todos os filhos estão bem.
A dedicação de uma mulher portanto, não pode deixá-la desequilibrada emocionalmente, nem doente. E infelizmente é o que acontece com frequência, problemas de depressão, obesidade, má alimentação, enfim, estresses capitalistas.
O homem também sofre com isso, e a nossa missão de evangelizadores espíritas, principalmente é educar para a liberdade, a felicidade e o compromisso espiritual de cada casal em prol do equilíbrio.
 
É muito lindo ver uma família grande e unida!




 
 
Assim como é muito bonito ver uma família seja ela como for....
 
 
 
 
 
 
 
 

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