Muitas vezes passamos por momentos difícieis na vida encarnada, sabemos que vai passar, que é uma fase. Portanto, dói. E como superar essa sensação de perda, tristeza, angústia, solidão e incompreensão?
Não há receita para a vida...
Nem Jesus deixou, imagine eu...
Portanto... estou aprendendo e compartilho com meus amigos e evangelizandos meus poucos conhecimentos nesse blog particular...
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO:
SÃO LUIS Paris, 1859
24 – Quais são os limites da encarnação?
A
encarnação não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados,
se por isto se entende o envoltório que constitui o corpo do Espírito,
pois a materialidade desse envoltório diminui à medida que o Espírito se
purifica. Em certos mundos, mais avançados que a Terra, ele já se
apresenta menos compacto, menos pesado e menos grosseiro, e
conseqüentemente menos sujeito a vicissitudes. Num grau mais elevado,
desmaterializa-se e acaba por se confundir com o perispírito. De acordo
com o mundo a que o Espírito é chamado a viver, ele se reveste do
envoltório apropriado à natureza desse mundo.
O
perispírito mesmo sofre transformações sucessivas. Eteriza-se mais e
mais, até a purificação completa, que constitui a natureza dos Espíritos
puros. Se mundos especiais estão destinados, como estações, aos
Espíritos mais avançados, estes não ficam sujeitos a eles, como nos
mundos inferiores: o estado de libertação que já atingiram permite-lhes
viajar para toda parte, onde quer que sejam chamados pelas missões que
lhes foram confiadas.
Se
considerarmos a encarnação do ponto de vista material, tal como a vemos
na Terra, podemos dizer que ela se limita aos mundos inferiores.
Depende do Espírito, portanto, libertar-se mais ou menos rapidamente da
encarnação, trabalhando pela sua purificação.
Temos
ainda a considerar que, no estado de erraticidade, ou seja, no
intervalo das existências corporais, a situação do Espírito está em
relação com a natureza do mundo a que o liga o seu grau de adiantamento.
Assim, na erraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido,
segundo for mais ou menos desmaterializado.
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Se precisamos de transformações sucessivas, logo, elas não acontecem ao acaso, nem do nada. Elas simplesmente ocorrem com o aprendizado. Muitas vezes esse processo de aprendizagem é lento, dolorido e longo. Outras vezes é rápido, intuitivo e leve. Tudo depende do nível emocional, moral e espiritual em que nos encontramos.
Pelo espírito de Alphonse Cahagnet:
Pelo espírito de Alphonse Cahagnet:
Se Deus nos tivesse criado com um código de simples e ignorantes, esse código seria 000-
Com o passar das encarnações primitivas poderíamos ter alguma coisa na alma para acrescentar...
1- evoluindo em mundo primitivo
100
e se acrescentássemos a letra A do alfabeto de 25 letras para regrar nosso nível espiritual individual completo, teríamos 100A como primeira encarnação...
Vamos completar a complexidade desse pensamento exemplificando um código para nível intelectual e outro para nível moral conquistado individualmente...
111A seria um primeiro passo de intelectualidade e moralidade , incluindo aptidões psíquicas para se relacionar com outras pessoas... assim, estaríamos no começo de uma escala que iria até 999Z... infinito...
2- evoluindo em mundo de provas e expiações
3- evoluindo em mundo regenerativo
4- evoluindo em mundo feliz
5- evoluindo em mundo celestial
6- evoluindo em mundo pós celestial
7- evoluindo em mundo angelical rarefeito
8- evoluindo em mundo angelical semi-materializado
9- evoluindo fora de mundos materiais.
Nossos níveis intelectuais e tecnológicos de raciocínio puro poderiam variar em:
1- racional primitivo
2- racional intelectual
3- racional intelecto-tenológico
4- racional mental
5- racional mental espiritual
6- racional mental espirito-supratecnológico
7- racional espiritual
8- racional espirito-sensitivo
9- racional supraespiritual
Nossos níveis morais são mais simples de compreender:
1- em processo de bondade
2- bom
3- muito bom
4- caritativo
5- caritativo abnegado
6- humanitário
7- humanitário-espiritual
8- humanitário espirito-divino ou humanitário angelical
9- divino ou angelical
Nesses níveis poderíamos complementar com as letras como grau de compreensão espiritual
A- espírito primitivo
B- espírito em provas e expiações
C- espírito em regeneração
D- espírito em nível pós regenerativo
E- espírito em processo de felicitação
F- espírito feliz
G- espírito feliz em processo de divinização
H- espírito divino ou angelical
I- espírito divino ou angelicaL II
e assim sucessivamente até uma escala máxima possível para o homem que talvez seja infinita... além da matéria física...
No Livro dos Espíritos consta que:
189. Desde o princípio de sua formação, o Espírito goza de plenitude de suas faculdades?
— Não;
porque o Espírito, como o homem, tem também a sua infância. Em sua
origem, os Espíritos não têm mais do que uma existência instintiva,
possuindo apenas a consciência de si mesmo e de seus atos. Só pouco a
pouco a inteligência se desenvolve.
190. Qual é o estado da alma em sua primeira encarnação?
— O estado da infância na vida corpórea. Sua inteligência apenas desabrocha: ela ensaia para a vida.
191. As almas dos nossos selvagens estão no estado de infância?
— Infância relativa, pois são almas já desenvolvidas, dotadas de paixões.
191 – a) As paixões, então, indicam desenvolvimento?
— Desenvolvimento,
sim, mas não perfeição. São um sinal de atividade e de consciência
própria; na alma primitiva, a inteligência e a vida estão em estado de
germes.
Comentário de Kardec: A
vida dos Espíritos, no seu conjunto, segue as mesmas fases da vida
corpórea; passa gradativamente do estado de embrião ao de infância, para
chegar, por uma sucessão de períodos, ao estado de adulto, que é o da
perfeição, com a diferença de que nesta não existe o declínio nem a
decrepitude da vida corpórea; que a sua vida, que teve um começo, não
terá fim; que lhe é necessário, do nosso ponto de vista, um tempo imenso
para passar da infância espírita a um desenvolvimento completo e o seu
progresso realizar-se, não sobre uma esfera apenas, mas através de
diversos mundos. A vida do Espírito constitui-se, assim, de uma série de
existências corporais, sendo cada qual uma oportunidade de progresso,
como cada existência corporal se compõe de uma série de dias. nos quais o
homem adquire maior experiência e instrução. Mas, da mesma maneira que,
na vida humana, há dias infrutíferos, na do Espírito, há existências
corpóreas sem proveito, porque ele não soube conduzi-las.
192.
Por uma conduta perfeita podemos vencer já nesta vida todos os graus e
nos tornar Espíritos puros, sem passar pêlos intermediários?
— Não, pois o que o homem julga perfeito está longe da perfeição; há qualidades que ele desconhece e nem pode compreender. Pode ser tão perfeito quanto a sua natureza o permita, mas esta não é a perfeição absoluta. Da mesma maneira que uma criança, por mais precoce que seja, deve passar pela juventude antes de chegar à maturidade, e um doente deve passar pela convalescença antes de recuperar a saúde. Além disso, o Espírito deve adiantar-se em conhecimento e moralidade e, se ele não progrediu senão num sentido, é necessário que o faça no outro, para chegar ao alto da escala. Entretanto, quanto mais o homem se adianta na vida presente, menos longas e penosas serão as provas seguintes.
192 – a) O homem pode assegurar-se nesta vida uma existência futura menos cheia de amarguras?
— Sim, sem duvida, pode abreviar o caminho e reduziras dificuldades.
Somente o desleixado fica sempre no mesmo ponto.
193. Pode um homem descer em suas novas existências abaixo do que já havia atingido?
— Em sua posição social, sim; como Espírito, não.
194. A alma de um homem de bem pode animar, noutra encarnação, o corpo de um celerado?
— Não, pois ela não pode degenerar.
194 – a) A alma de um homem perverso pode transformar-se na de um homem de bem?
— Sim, se ela se arrepender, e então será uma recompensa.
Comentário de Kardec: A
marcha dos Espíritos é progressiva e jamais retrógrada. Eles se elevam
gradualmente na hierarquia, e não descem do plano atingido. Nas suas
diferente existências corporais, podem descer como homens, mas não como
Espíritos. Assim, a alma de um poderoso da Terra pode mais tarde animar
um humilde artesão, e vice-versa. Porque as posições entre os homens são
freqüentemente determinadas pelo inverso da elevação dos sentimentos
morais. Herodes era rei. e Jesus carpinteiro.
195.
A possibilidade de melhorar numa outra existência não pode levar certas
pessoas a permanecerem no mau caminho, com o pensamento de que poderão
corrigir-se mais tarde?
—Aquele que assim pensa não acredita em nada e a idéia de um castigo eterno não o coibiria mais, porque a sua razão a repele e essa idéia conduz, à incredulidade. Se apenas se houvessem empregado os meios racionais para orientar os homens, não existiriam tantos céticos. Um Espírito imperfeito pode pensar como dizes, em sua vida corporal, mas, uma vez liberto da matéria, pensará de outra maneira, porque logo perceberá que calculou mal, e é então que trará, numa nova existência, um sentimento diverso. É assim que se efetiva o progresso. E eis porque tendes na Terra uns homens mais adiantados que outros. Uns já têm uma experiência que os outros ainda não tiveram, mas que adquirirão pouco a pouco. Deles depende impulsionar o próprio progresso ou retardá-lo indefinidamente.
Comentário de Kardec: O
homem que se encontra numa posição má, deseja mudá-la o mais
rapidamente possível. Aquele que se persuadiu de que as tribulações
desta vida são a conseqüência de suas próprias imperfeições, procurará
assegurar-se uma nova existência menos penosa, e este pensamento o
desviará mais da senda do mal que o pensamento do fogo eterno, no qual
não acredita.
196.
Só podendo os Espíritos melhorar-se pelo sofrimento e as tribulações da
existência corporal, segue-se que a vida material seria uma espécie de crivo ou de depurador, pelo qual devem passar os seres do mundo espírita para chegarem à perfeição?
— Sim, e bem isso. Eles melhoram através dessas provas, evitando o mal e praticando o bem. Mas somente depois de muitas encarnações ou depurações sucessivas é que atingem, num tempo mais ou menos longo, e segundo os seus esforços, o alvo para o qual se dirigem.
196 – a) E o corpo que influi sobre o Espírito, para o melhorar, ou o Espírito que influi sobre o corpo?
— Teu Espírito é tudo: teu corpo é uma veste que apodrece; eis tudo.
Comentário de Kardec: Temos, no suco da vinha, uma imagem material dos diferentes graus de
depuração da alma. Ele contém o licor chamado espírito ou álcool, mas
enfraquecido por grande quantidade de matérias estranhas que lhe alteram
a essência, e não chega à pureza absoluta senão depois de muitas
destilações, em cada uma das quais se despoja de alguma impureza. O
alambique é o corpo no qual ele deve entrar para se depurar; as matérias
estranhas são como o períspirito, que se purifica a si mesmo, à medida
que o Espírito se aproxima da perfeição.
114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que procuram melhorar-se?
— Os Espíritos mesmos se melhoram; melhorando-se, passam de uma ordem inferior para uma superior.
115. Uns Espíritos foram criados bons e outros maus?
— Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento. Deu a cada um deles uma missão, com o fim de os esclarecer e progressivamente conduzir à perfeição, pelo conhecimento da verdade e para os aproximar dele. A felicidade eterna e sem perturbações, eles a encontrarão nessa perfeição. Os Espíritos adquirem, o conhecimento passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam essas provas com submissão e chegam mais prontamente ao seu destino; outros não conseguem sofrê-las sem lamentação, e assim permanecem, por sua culpa, distanciados da perfeição e da felicidade prometida.
115.
a) Segundo isto, os Espíritos, na sua origem, se assemelham a crianças,
ignorantes e sem experiência, mas adquirindo pouco a pouco os
conhecimentos que lhes faltam, ao percorrer as diferentes fases da vida?
— Sim, a comparação é justa: a criança rebelde permanece ignorante e imperfeita; seu menor ou maior aproveitamento depende da sua docilidade. Mas a vida do homem tem fim, enquanto a dos Espíritos se estende ao infinito.
116. Há Espíritos que ficarão perpetuamente nas classes inferiores?
— Não; todos se tomarão perfeitos. Eles mudam, embora devagar, porque, como já dissemos uma vez, um pai justo e misericordioso não pode banir eternamente os seus filhos. Querias que Deus, tão grande, tão justo e tão bom, fosse pior que vós mesmos?
117. Depende dos Espíritos apressar o seu avanço para a perfeição?
— Certamente. Eles chegam mais ou menos rapidamente, segundo o seu desejo e a sua submissão à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa que uma rebelde?
118. Os Espíritos podem degenerar?
— Não. À medida que avançam, compreendem o que os afasta da perfeição. Quando o Espírito concluiu uma prova, adquiriu conhecimento e não mais o perde. Pode permanecer estacionário, mas não retrogradar.
119. Deus pode livrar os Espíritos das provas que devem sofrer para chegar à primeira ordem?
— Se eles tivessem sido criados perfeitos, não teriam merecimento para gozar os benefícios dessa perfeição. Onde estaria o mérito sem a luta? De outro lado, a desigualdade existente entre eles é necessária à sua personalidade, e a missão que lhes cabe nos diferentes graus está nos desígnios da Providência, com vistas à harmonia do Universo.
Comentário de Kardec: Como,
na vida social, todos os homens podem chegar aos primeiros postos,
também poderíamos perguntar por que motivo o soberano de um país não
faz, de cada um dos seus soldados, um general; por que todos os
empregados subalternos não são superiores; por que todos os alunos não
são professores. Ora, entre a vida social e a espiritual, existe ainda a
diferença de que a primeira é limitada e nem sempre permite a escalada
de todos os seus degraus, enquanto a segunda é indefinida e deixa a cada
um a possibilidade de se elevar ao posto supremo.
120. Todos os Espíritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem?
— Não pela fieira do mal, mas pela da ignorância.
121. Por que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem, e outros, o do mal?
— Não
têm eles o livre-arbítrio? Deus não criou Espíritos maus; criou-os
simples e ignorantes, ou seja, tão aptos para o bem quanto para o mal;
os que são maus, assim se tornaram por sua vontade.
122.
Como podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm a
consciência de si mesmos, ter a liberdade de escolher entre o bem e o
mal? Há neles um princípio, uma tendência qualquer que os leve mais para
um lado que para outro?
— O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire consciência de si mesmo. Não haveria Uberdade, se a escolha fosse provocada por uma causa estranha à vontade do Espírito. A causa não esta nele, mas no exterior, nas influências a que ele cede em virtude de sua espontânea vontade. Esta é a grande figura da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação e outros a resistiram.
122. a) De onde vêm as influências que se exercem sobre ele?
— Dos Espíritos imperfeitos que procuram envolvê-lo e dominá-lo, e que ficam felizes de afazer sucumbir. Foi o que se quis representar na figura de Satanás.
122. b) Esta influência só se exerce sobre o Espírito na sua origem?
— Segue-o na vida de Espírito, até que ele tenha de tal maneira adquirido o domínio de si mesmo que os maus desistam de obsediá-lo.
123. Por que Deus permitiu que os Espíritos pudessem seguir o caminho do mal?
— Como ousais pedir a Deus conta dos seus atos? Pensais poder penetraras seus desígnios? Entretanto, podeis dizer: A sabedoria de Deus se encontra na Uberdade de escolha que concede a cada um, porque assim cada um tem o mérito de suas obras.
124.
Havendo Espíritos que, desde o princípio, seguem o caminho do bem
absoluto, e outros, o do mal absoluto, haverá gradações, sem dúvida,
entre esses dois extremos?
— Sim, por certo, e constituem a grande maioria.
125. Os Espíritos que seguiram o caminho do mal poderão chegar ao mesmo grau de superioridade que os outros?
— Sim, mas as eternidades serão mais longas para eles.
Comentário de Kardec: Por essa expressão, as eternidades,
devemos entender a idéia que os Espíritos inferiores fazem da
perpetuidade dos seus sofrimentos, cujo termo não lhes é dado ver. Essa
idéia se renova em todas as provas nas quais sucumbem.
126. Os Espíritos que chegam ao supremo grau, depois de passarem pelo mal, têm menos mérito que os outros aos olhos de Deus?
— Deus contempla os extraviados com o mesmo olhar, e os ama a todos do mesmo modo. Eles são chamados maus porque sucumbiram; antes, não eram mais que simples Espíritos.
127. Os Espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais?
— São criados iguais, mas não sabendo de onde vêm, é necessário que o livre-arbítrio se desenvolva. Progridem mais ou menos rapidamente, tanto em inteligência como em moralidade.
Comentário de Kardec: Os
Espíritos que seguem desde o princípio o caminho do bem nem por isso
são Espíritos perfeitos; se não têm más tendências, não estão menos
obrigados a adquirir a experiência e os conhecimentos necessários à
perfeição. Podemos compará-los a crianças que, qualquer que seja a
bondade dos seus instintos naturais têm necessidade de desenvolver-se,
de esclarecer-se e não chegam sem transição da infância à
maturidade. Assim como temos homens que são bons e outros que são maus
desde a infância, há Espíritos que são bons ou maus desde o princípio
com a diferença capital de que a criança traz os seus instintos
formados, enquanto o Espírito na sua formação, não possui mais maldade
que bondade. Ele tem todas as tendências, e toma uma direção ou outra em
virtude do seu livre-arbítrio.
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