quinta-feira, 18 de julho de 2013

OS PÁSSAROS E NÓS

Um belo dia, dois estagiários de uma universidade foram trabalhar juntos no zoológico, um estudava biologia e outro zootecnia, ficaram muito amigos e analisando um casal de pássaros de espécies aparentemente com comportamentos semelhantes resolveram colocar a fêmea da espécie verde para acasalar com o macho da espécie preta, na curiosidade própria de todo estudante, começaram os relatórios...

Na gaiola coletiva ambos os pássaros eram espaçosos, tinham plena liberdade, pois foram criados em cativeiro, o preto era mais agressivo e a fêmea verde, muito impetuosa e independente...
Mas, quando juntos na mesma gaiola, separados da sociedade dos pássaros, o macho começou a bicar fêmea de forma anormal, então os estagiários observaram atentamente que a fêmea perdera a cada dia, sua particularidade, sua capacidade natural da espécie, de impetuosidade, e um belo dia... encontraram um ovinho de passarinho embaixo dela.

Assustados com a "folga" do macho preto, os estagiários comunicaram aos profissionais que os monitoravam sobre o ovinho, e eles ordenaram que afastassem o macho preto da fêmea e o colocasse de volta na gaiola social. Os dois, espantados novamente, perguntaram, PORQUÊ? Afinal, ele é o futuro papai do passarinho a nascer... e os profissionais disseram:

__ Essa espécie, lamentavelmente tem histórico de canibalismo, não conseguem viver em ninho familiar com outra espécie diferente, são os chamados predadores de outros pássaros diferentes, são intransigentes, intolerantes e agressivos. Em grupo até que se sentes mais amedrontados e se comportam, mas sozinhos com uma fêmea e outra espécie, ele a matará e ao filhote deles também.

__Nossa! Passarinho mau! Que natureza estranha dessa espécie!

E assim, aconteceu, o passarinho nasceu verde, para a felicidade dos estagiários, começou a voar cedo e logo voltou para a sociedade dos passarinhos junto de sua mãe, tratada e renovada, depois do isolamento maternal.

E assim, também são as pessoas, algumas se sentem de espécies diferentes porque tem uma característica estranha ou diferente das outras e acabam por criar preconceitos e dificultam a convivência com os outros, se sentem rotuladas e acabam sem uma família, ou um ninho saudável. Sendo que no fundo só temos uma espécie significativa: A HUMANA.

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