quarta-feira, 9 de abril de 2014

Uma experiência de resgate ao usuário de crack no umbral

Hoje tive um sonho/ desdobramento, foi tão emocionante que resolvi publicar no meu blog, com a autorização do mentor de meus trabalhos, o espírito Alphonse Cahagnet.

Passei a noite, espiritualmente nas ruas da periferia do Guará. Enquanto meu corpo dormia sossegado ao lado do meu filho.

Andei pelas ruas e encontrei uma casa cheia de barro, lama da chuva nas janelas, portas enferrujadas e um casal de crianças de 10 e12 anos sozinhas. A mãe estava na rua atrás de um traficante, por ter viciado seu filho em crack. A revolta e desespero dessa mulher era visível, mas, seu filho, não estava só.

Me vi vestida em trajes velhos, cabelos mais longos, e saí atrás do menino moreno, magro, de olhos perdidos pela abstinência doentia da droga, perambulando atrás de alívio para sua dor e compulsão orgânica. Aliciado por um experto menino de 9 anos, comparsa de traficantes. Essa criança andava trôpega na rua carregada por dois meninos de mesma faixa etária.

Me escondi com uma caixa de sapato no rosto e me joguei no chão, assim que vi o chefe espiritual da quadrilha. Um homem moreno, forte, fumante, de cabelos pretos, rosto quadrado e um olhar ganancioso.

De joelhos, em cima de longo vestido de idosa falsa, levantaram minha caixa de sapatos, para ver de quem se tratava. Fiz uma cara de viciada, e gritei que o menino era informante da polícia, era linguarudo, lembrava de tudo e ia dedurar o esquema. O menino capanga e seu comparsa, me olharam com credulidade. Mas, o meu resgatado, me reconhecia o rosto com carinho. Li nos olhos perdidos dele uma esperança, uma lembrança fulgaz de amizade.

Ele me reconheceria! Pensei... Assim que percebi o terreno limpo pela expressão de confiança das crianças, olhei para meu resgatado e disse, manuemmanuela, parecia um código, que ele sorria timidamente para meu rosto...

E percebi que ele me reconheceu. Espiritualmente trabalho em colônias de evangelização no penumbral.


E ele, era meu aluno do 2° ciclo. Brincamos muito juntos, era uma criança amável que faleceu na Terra por uso de crack, mas, a doença não termina totalmente com a morte cerebral, e do corpo físico. O perispírito sente e ressente a necessidade de consumo das drogas e aquele menino, não se via forte para suportar. Fugiu em prol de uma ilusão, que ainda sentia falta. Mas, como tinha méritos espirituais para o resgate, uma equipe de protetores buscava um helicóptero amarelo com preto e marrom, e uma bonita mulher morena, que parecia mãe dele estava a caminho.
Baixava a cabeça de vez em quando.... e depois que os malandros me deixaram no portão da minha suposta casinha enferrujada, soltaram o menino e foram embora.


O traficante chefão do umbral Guará me abordou, imaginou que pelos trajes e olhar perdido desesperado que eu fiz, seria uma crackelenta informante sua. Nessa crença, ele soltou o menino dito linguarudo e o expulsou na rua. Me acompanhou por uns minutos andando entre os comparsas.
Vi muitos cigarros comuns nas mãos deles. E o cheiro forte de crack me asfixiava a respiração, que eu tampava discretamente com os pulmões internos.
Neste momento vi meu pai e a mulher com o helicóptero se aproximando no céu vermelho do umbral, corri para a laje externa da casa. Subindo com as duas crianças... e neste momento,me deu uma sensação feliz de heroísmo Hollywodiano, de filme.

Eu e meu pai trabalhamos durante o sono no mesmo lugar. Somos amigos espirituais de longa data. E na Terra ele é militar. E eu, trabalho com prevenção ao uso de drogas e sou pedagoga. Mas nossa profissão nem de leve se aproxima com nossas experiências extra-físicas.
Então, a mãe abraçava forte seus filhos, a mocinha e o menino. Alocou no helicóptero e partiu. Eu e meu pai, sorrimos e acordamos para o corpo físico novamente. Missão cumprida!
Resgate concluído!

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